Florecer

Você sabe que eu estava no chão. 
Para ser mais sincero, bem no meio de uma estrada. 
Uma longa distante de tudo que um dia acreditei.
Não havia mesmo o corte de uma brisa fria.
Era cinza, bege, com pinceladas de solidão.
Poucos eram retoques, mas como o amor é 
Para as epopeias de Shakespeare, de fato irreais.
Cercados de grades de angústia que afasta.
Não sei o que disse, as mentalidades gritam que é muita boêmia
e pequena mortalidade.
Embora isso, gritamos por quem nos fez assim.
Mas ninguém liga. Pessoas não falam.
É  fardo que sufoca o peito, quente como o segundo sol.
Faça de mim morada, mas firmada nas nuvens da tua utopia.
Morreremos jovens, enfadados até o queixo com ego 
engravatado que nos priva de nós.
Não sei até quando, nem mesmo para onde.
Estou gritando por mãe, mas o afago do travesseiro
não calenta velhas feridas de vanguarda.

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