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Mostrando postagens de setembro, 2015

Frases De Um Caleidoscópio #9

Não podemos exigir que as pessoas sejam iguais aos seus sonhos.

Pietra

Ali estava ele, escorado nos seus sonhos. O peito ardendo em solidão, E os dedos frios, incertos, apertando a alma. Ele não sabia para onde iria. Só sabia que bagunça, ainda ele era. Perdido na própria leveza, Buscando calejamentos na velha fortaleza. Era utopismo demais em pouco futuro. E naqueles velhos azuis marejados  Via-se a rosa lutando para ser pedra.

Frases De Um Caleidoscópio #8

Precisamos voltar a acreditar mais em nossos sonhos Do que em nossos preconceitos.

Monólogos De Um Historiador

-Tive um déjà-vu! -Na verdade meu caro, você provavelmente leu isso em outro texto do Bloch. Só isso. No drama besha!

Florecer

Você sabe que eu estava no chão.  Para ser mais sincero, bem no meio de uma estrada.  Uma longa distante de tudo que um dia acreditei. Não havia mesmo o corte de uma brisa fria. Era cinza, bege, com pinceladas de solidão. Poucos eram retoques, mas como o amor é  Para as epopeias de Shakespeare, de fato irreais. Cercados de grades de angústia que afasta. Não sei o que disse, as mentalidades gritam que é muita boêmia e pequena mortalidade. Embora isso, gritamos por quem nos fez assim. Mas ninguém liga. Pessoas não falam. É  fardo que sufoca o peito, quente como o segundo sol. Faça de mim morada, mas firmada nas nuvens da tua utopia. Morreremos jovens, enfadados até o queixo com ego  engravatado que nos priva de nós. Não sei até quando, nem mesmo para onde. Estou gritando por mãe, mas o afago do travesseiro não calenta velhas feridas de vanguarda.

Caleidoscópio

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Deste canto, (des) construo meu recanto.  

O menino do olhar cinza

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           O sol  banhava  toda a  rua, o mormaço tomava todos os espaços de brisa. Caminhava a passos lentos, subindo aos poucos o morro de paralelepípedos. Alguns carros sombreavam  a calçada, mas nenhuma sombra apaziguava  o calor.           De mãos dadas com meu namorado,  segui a ruela  que era meu trajeto  diário para a universidade. Era um bom atalho para muitas pessoas. Das tantas vezes que a percorri,  sempre olhava para o chão buscando desenhos e padrões nos desgastados pedaços de concreto.           Ocultado pelos carros opulentos,no canto de baixo de uma coluna  havia uma pintura de um menino.  Os traços mostravam que ele devia  ter entre 8 ou 9 setembros,  cabelos raspados,  barriga estufada e olhos marcados pelo abandono. Como  se quisessem dizer, "Não vai me ver?" Era uma pequena  pichação  nas costas de um  restaurante, porém me escancarava  o  quanto o mundo havia se fechado. Fechado seus olhos, tampado seus  ouvidos e escondido  a mão para aquele  menino c

Álbum em foco: XSCAPE ou liquidez da arte.

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         Lançado em maio de 2014, o segundo álbum póstumo de Michael Jackson, XSCAPE , foi um dos lançamentos mais aguardados do ano passado. Composto por 8 faixas inéditas, que remetem à fases diferentes da carreira do rei do pop, a produção ficou a cargo de nomes como Timbaland e L.A. Reid, dentre outros produtores.          Quando penso o álbum, seu impacto comercial e simbólico, acredito que podemos refletir sobre a liquidez que rege nosso cotidiano e afeta o processo criativo do ramo musical. XSCAPE não é um álbum surpreendente, principalmente tendo por vista as alterações que as músicas originais receberam, mas não foi tão frustrante quanto seu antecessor, Michael , tanto comercialmente quanto em acabamento.            Michael Jackson foi um artista que cresceu, viveu e morreu cercado por câmeras, flashes e manchetes. A mídia que incendiou a fogueira sobre ele, é a mesma mídia que o glorificou durante dias após seu falecimento. Agora vem desconstruindo um conceito fundament