A noite cai lá fora, o vento frio corta a cidade. Embaixo da janela se escondem aquelas ruas, Tão velhas, fortes, apertadas e desconfiadas. Tantos verbos as desceram, quantas histórias encenaram. Ergo o copo pela última memória que me prende, Dos bons dias de sol e solidão. Onde tudo era simples, Com cores tão mais bonitas. Mas ainda não eram percebidas. Corre, desbrava ainda a mais escura noite. Ainda estaremos aqui. Sempre ao lado. Seremos como uma velha morada. Apenas para nobres corações. Caminho entre pedra e poeira, rápido o coração dispara. Encaro as mesmas ruas, prédios e árvores. Tudo aqui permanece o mesmo, fomos nós quem mudamos. Está tudo bem, serão nossos dias de glória!