Soneto da Glória

A noite cai lá fora, o vento frio corta a cidade.
Embaixo da janela se escondem aquelas ruas,
Tão velhas, fortes, apertadas e desconfiadas.
Tantos verbos as desceram, quantas histórias encenaram.

Ergo o copo pela última memória que me prende,
Dos bons dias de sol e solidão. Onde tudo era simples, 
Com cores tão mais bonitas. Mas ainda não eram percebidas.

Corre, desbrava ainda a mais escura noite.
Ainda estaremos aqui. Sempre ao lado.
Seremos como uma velha morada. Apenas para nobres corações.

Caminho entre pedra e poeira, rápido o coração dispara.
Encaro as mesmas ruas, prédios e árvores.
Tudo aqui permanece o mesmo, fomos nós quem mudamos.
Está tudo bem, serão nossos dias de glória!

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