Garotos Serão Sempre Otários

De nem todo mal a quarentena é feita. Tenho ficado muito tempo com minha família e isso cria as melhores memórias. Hoje foi um dos dias de ficar sem internet e estava sentado na sala com meus dois irmãos. Decidimos assistir ao último filme da saga dos X-Men, mas a conexão da televisão estava tão ruim quanto, parando inumeros momentos durante a exibição do filme. Decidi fazer uma brincadera com eles, C.S. Composto. Uma brincadeira super divertida, um jogo de associação de palavras com regras muito rígidas! Quem descumprisse umas das regras, deveria dar um pulo. Entretanto, a quantidade de pulos vai acumulando ao longo de cada jogada reiniciada. Então quando a segunda pessoa errar, ela dará dois pulos e assim sucessivamente. Eles toparam e fomos parar no 23° pulo! Saíram tantas pérolas! No final, eu não dei nenhum pulo. Privilégio de professor? Mas foi uma noite divertida e no final o filme da Fênix Negra, apesar das reviews negativas, da nota baixa no IMDB baixa, nos entreteu e permitiu

O dia está terminando e apesar de todo caos, sinto-me cercado de motivos para agradecer ao invés de reclamar. Não é sempre que os dias encerram assim!

Viver o presente é o mesmo que entender que não há como resolver todos os problemas do mundo?

Minha mente é um campo minado. Cada pensamento me leva por trilhas estreitas de memórias, cheias de risadas e de momentos constrangedores. E às vezes parece que foco em como me envergonho de alguns momentos e atitudes. Um eterno movimento de julgar o passado, mas sem deixá-lo macular o que está para ser o futuro. Momentos em que me pego pensando "Quero ir embora". Embora desse estado mental que minha ansiedade me deixou, ou melhor, me abandonou. O peito aperta, os olhos umedecem e os dedos tremem. Deixar o passado e viver o presente é realmente difícil. Os dias de glória não retornam, mas as horas de vexame nunca saem do horizonte.

Já perdi a conta de quantas vezes parei para pensar nas comparações que crio em minha cabeça. São pensamentos constantes, emergem de uma profundidade que desconheço e tomam meus dias. Com sua chegada, a certeza de que minha percepção sobre as pessoas e minhas relações vai estar frágil, mas também arredia e ácida. Comparar tudo que tenho e tudo que sou parece-me um ato natural do ser humano, só que esse natural de benéfico não tem nada. Comparar vem embalado em julgamentos. Julgamos a vida dos outros, sem saber pelo que passam e o que pensam. Julgamos a nós mesmos, por termos a falsa percepção que sempre sabemos o que é certo e o que é verdade. Julgamos que não somos merecedores e esquecemos de tudo que passamos para chegar até este presente momento. Tem dias que olho pro lado e a única frase que consigo me concentrar é: "Sem comparação!". Não no sentido de singular, único e insubstituível, porém me aconselhando a não continuar com estes pensamentos de comparação, pois no fund