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Mostrando postagens de abril, 2015

Batida

Fecha teus olhos, deixa o escuro te tomar. Não temas o frio ou a solidão. Ainda que não percebas te estenderei a mão. Traga-me, agarra-me, sonda-me. Prende minh'alma no infinito do teu mar.

Morte #InMemorian

Não é tua,  Nem minha. É nossa (morte). Tu não morres, Eu não morro. O branco uma hora morre, O negro também morre. Nós morremos. Morri uma, duas, Três vezes ou mais. Ódio e preconceito Afogam-nos no sangue dos homossexuais que transitam as beiras da sociedade. Dói em ti, Repecurte em mim. Sofre o pobre, Atormenta o rico. Escancara a alma. Na primeira vez que morri, Perdi o dom de sorrir. Na tua partida repentina, Jazz alguém que não mais poderei ser. In Memorian ao saudoso Tiago Couto! Que a luz sempre te acompanhe querido amigo!

Foi o dia de Judas bebê

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            No último dia 15 de abril, completou-se 4 anos do lançamento de uma das músicas mais polêmicas de Lady Gaga. "Judas" foi o segundo single de divulgação do álbum "Born This Way". Produzido pela cantora e por RedOne, a música teve um bom desempenho comercial tanto nos EUA quanto em outros países.                                      De acordo com Gaga, "Judas" é sobre se apaixonar inúmeras vezes pelo cara errado e, também, sobre perdoar, compreender a própria escuridão. Em entrevista, a cantora chegou a confidenciar que depois de escreve-la, foi à igreja mais próxima do estúdio rezar para que as pessoas compreendessem o significado da mesma.           O clipe da música foi gravado em abril do mesmo ano, e foi dirigido em parceria com sua coreógrafa Laurieann Gibson. No clipe, reinterpreta-se a chegada de Cristo à Jerusalém e a posterior traição de um dos discípulos. Gaga contracena com Norman Reedus, nos papeis de Maria Madalena e Judas Isc

Estrada

                 Conforme ele corria, maior a estrada se tornava. Era marcada por curvas fechadas, longas subidas e descidas espirais. Não havia como controlar, os pés tomavam seu próprio caminho. O restante do corpo apenas seguia. Era uma batalha de uma velha guerra,  entre chão e sola de sapato. O impacto do encontro era  válvula que percorria os membros. Quente, elétrica. Dolorosamente mortal.              Corpo mexia, mas nem mesmo no mais inclinado morro a alma se manifestava. Estava cansada, pesada. Sentia-se velha, exausta de si. Era como ver nuvens percorrer o céu  e permanecer fincado no mesmo lugar. O mal das transformações é que demoramos muito para compreendê-las. Não as enxergamos.                  Escondido num recanto escuro de si, ele prendia o espírito de nômade. Era um homem sem casa. As curvas continuavam a ir e vir, a cada metro percorrido desejava que ali fosse sua casa. Só por um dia, não haveria o menor problema!               A  estrada larga, fria e soz

Parabéns Just Dance!

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           Olá meus queridxs! Abrimos o Garotos Serão Sempre Otários dessa semana comemorando os 7 anos de lançamento do primeiro single de estúdio da cantora Lady Gaga, "Just Dance"! Divulgado em abril de 2008, a música foi o passaporte de Gaga para o mundo das grandes estrelas da música pop!  A canção foi o primeiro single do álbum "The Fame", vencedor do Grammy de 2009 na categoria "Melhor Álbum Electronic/Dance".                                             Conheci Gaga nessa época. Lembro-me de quando assisti ao clipe pela primeira vez na MTV Brasil, de como a música tornou-se um fenômeno. O clipe trouxe uma garota nova iorquina, com pouco mais de vinte anos, cantando uma ode sobre bebida e diversão, porém com um figurino e maquiagem um tanto quanto peculiar! Um raio azul cruzava parte de seu rosto. Uma clara referência a uma de suas inspirações, David Bowie. Todos falavam e comentavam sobre a sonoridade que a novata trazia àquela indústria que já

O conto do chá

                O morro continuava íngreme e os dois amigos desciam a passos rápidos. Era um bairro de periferia, as ruas eram recheadas por moradias das mais diversas formas e cores. O sol ardia no alto fazendo os colegas caçarem as sombras de árvores. Carros cruzavam em várias direções, poeira e fumaça aumentavam o mormaço do fim de março.                   Eram um rapaz e uma moça que desciam a ladeira. Trajavam roupas que marcavam aquela doce fase de encontro entre o fim da adolescência e começo da vida adulta. Conversavam sobre a música do momento e chegavam a debater a desconstrução de conceitos sociais. O mal de Humanas.                 Os dois viraram uma esquina, um frio tomou a barriga de ambos. Haviam chegado. O tabu se manifestava até mesmo na cabeça dos estudantes. Eles olhavam para todos os lados e parecia que o próprio bairro os vigiava. Janelas, portões, cabeças, sombras tudo era fundamento para o medo de ser pego. O coração batia mais rápido, e eles podiam ver mel