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Mostrando postagens de outubro, 2014

Cores de um começo

                         O começo sempre é intimidador. Nunca gostei dessa etapa, afinal ela conta mais do que deixa transparecer. O inicio narra o que passamos, o que enfrentamos e onde almejamos chegar. Porém na sua beleza e sutileza, não percebemos isso. Minha mente tece tantas tramas e caminhos que aqui me trouxeram, que perco-me nas ruelas que crio e sufoco com o passado que se faz tangível. As noites são muito curtas para tantos pensamentos.                         Já posso dizer, carx amigx, quando não mais em mim coube às paredes entreguei. Sabe quando sua cabeça se encontra em um estado de cacofonia? Letras de músicas, trechos de livros e gritos de uma alma que não aprendeu a falar, misturam-se e acabam por definir um fim onde torno-me tinta e rabisco. Muitas vezes as pessoas sentem a necessidade de serem lidas, não ouvidas. Há coisas que a voz não consegue dizer, mas olhares conseguem descrever. Há muito deixei de ser um livro aberto. Acho que passei a ser na realidade, um