Dos noites longas e frias

                As batidas do meu coração sonorizam minha queda. Suave e calmo, triste e único. Rendo-me à dança. Me conduza ao fim. Quem sabe poderei padecer tranquilo... O sopro da tormenta é meu parceiro. Me devolve tudo que joguei para o alto, o que por orgulho eu perdi. E em um forte abraço sela-me. Perco o ar,.. erro meu.
                A queda continua, assim como o pulsar no meu peito. O fim tarda a chegar. Sinto que apago-me e acabo por tornar um borrão do que fui. E assumo a realidade de quem jamais quisera ser. Seria afim de atenuar esse ato final? As cortinas já se fecharam, mas as palmas nunca vieram. A noite se mantém fria e calada. Minha única testemunha.
               Minha tormenta fui eu mesmo quem a criou. O abismo que ela pucha, é tudo aquilo que a mim mesmo neguei ser. 
                Leva-me! Consuma-me! Arrebata-me!
                Acalma-me...

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